Heavier than heaven: uma biografia de Kurt Cobain
Charles R. Cross
Sobre o autor:
Charles R. Cross é jornalista, norte americano, e especializado em biografias. Dono de duas revistas especializadas em Rock, já publicou sete biografias sobre o Kurt Cobain entre a vida da banda de rock “Led Zeppelin: sombras mais altas que nossas almas” e do guitarrista Jimi Hendrix “Room full of mirrors [uma sala cheia de espelhos] – uma biografia de Jimi Hendrix".
Roqueiro assumido, é fã da banda Nirvana, e por isso não mediu esforços para a publicação do sétimo livro “Heavier than heaven: uma biografia de Kurt Cobain”.
Sobre o livro:
Foram “quatro anos de pesquisa, 400 entrevistas, numerosos armários de arquivos de documentos, centenas de gravações musicais, muitas noites de insônia e quilômetros e quilômetros percorridos de carro entra Seattle [sua cidade] e Aberdeen [lugar onde Cobain viveu]” declara o autor logo no início do livro.
Ainda no começo, ele justifica porque da publicação: “era fácil amar o Nirvana [banda do Cobain] porque, por maior que fosse sua fama e glória, eles sempre pareceram vira-latas”.
A edição é a de 2008, traduzida por Cid Knipel. Ganhou prêmio de melhor livro nos EUA em 2002. A narração ganhou versão cinematográfica da Universal Pictures e, em breve, será lançada.
A história:
O livro, de 24 capítulos, começa com a ascensão e melhor fase da banda Nirvana e do vocalista Kurt Cobain. Ele já casado com a Cortney Love. Uma turnê no Reino Unido, que deu nome ao livro. O segundo capítulo começa já com seu nascimento e assim se vai, infância, adolescência, a vida no rock’n’roll, a criação da banda e seu sucesso, e o seu suicídio.
Com uma linguagem simples e em terceira pessoa, o autor usa de vários depoimentos da família, da viúva Love, de conhecidos e de seus diários pessoais. Kurt Cobain, assim como todo artista, tinha seu refúgio, e antes do vício com as drogas, ele desabafava e compunha em cadernos.
O livro se torna uma obra prima, uma jóia e incrivelmente viciante, pelo fato de ser uma obra feita com paixão. O autor é fã e já chegou a entrevistar o biografado no auge de sua carreira. Na popular “nota do autor” ele relata a sensação de morar próximo ao lugar que Cobain comprou a arma que explodiu a sua cabeça.
Kurt Cobain nasceu em 1967 e morreu em 1994. Era filho único de um mecânico e uma garçonete. Cresceu vivendo entre uma casa e outra, por conta do divórcio de seus pais. Era um menino feliz, mas não suportou essa separação.
Foi um rapaz doente, na adolescência. Foi quando ele começou a ter problemas sérios no estômago. Kurt morreu sem saber qual era a sua doença e temia que ela levasse o seu nome, pela raridade.
No mundo das drogas, começou usando maconha e terminou usando heroína. Tudo isso por conta do presente de seu tio, uma guitarra no aniversário de 13 anos. Foi assim que ele se apaixonou pelo punk e depois de algumas tentativas formou a banda Nirvana. A banda conseguiu fama depois de dois anos de formação.
Kurt, já casado e já pai de Frances, antes de morrer com tiro de espingarda, já havia tentado se matar antes. Com overdose de heroína, ele deixou um bilhete: “como Hamlet, eu tenho que escolher entre a vida e a morte, eu escolho a morte”. Um mês depois, ele escreve uma carta ao seu amigo imaginário e espedaça a própria cabeça com jumbinhos da espingarda comprada no mês anterior. O corpo ficou trancado na estufa de sua casa por volta de três dias. Sua esposa estava tratando do vício com as drogas em um centro de reabilitação e não acreditou na morte do marido.
Sua morte ganhou a primeira página do The New York Times.