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sábado, 4 de junho de 2011

Filme RIO

Ah, o Rio! Junte o carnaval com os carros alegóricos, mulheres de biquinis com seus adereços, com o jogo de futebol mais disputado da América do Sul – onde, claro, o Brasil vence a Argentina, mais a primavera nas ruelas do bairro Santa Teresa por onde o Bondinho passa e o morro de alguma comunidade da “cidade maravilhosa”. Perfeito! Não, espere um pouco, faltou a arara azul. Agora sim, perfeito! Vos apresento o filme Rio!
Talvez foi assim que o diretor Carlos Saldanha, responsável pelo personagem esquilo da trilogia “A era do gelo”que, coincidentemente, não desiste nunca em guardar sua noz para o inverno rigoroso, conseguiu convencer os norte americanos a produzir um filme completamente brasileiro, estrategicamente montado para dar um “tapa de luva” nos contrabandistas de aves brasileiras.
O enredo?! Típico hollywoodiano, mas quem se importa? Mocinhos e mocinhas com um conflito provocado por vilões. E do que seriam as crianças sem os vilões bitolados? Sem as quedas de precipícios e a sobrevivência? Sem o menino arrependido?!? Sem o final feliz? Mas a façanha é que, por mais Hollywood que pareça, não é, é Rio! Não há cenários fictícios, cada pedacinho mostrado de cenário no filme, é extremamente real, é tão real que às vezes não parece uma animação 3D. Salvo os recursos gráficos usados.
O que mais me encantou foi a representação da favela. O menino assistindo o jogo de futebol em cima da laje, vendo o Maracanã. É tornar a favela encantada, mas não há ilusão nisso. Quem já esteve no alto de um morro à noite sabe do que se trata. Os macacos, que me perdoe o Saldanha, não tem como não comparar com os lêmures de Madagascar, até o “rei” enfeitado. Só faltou o rei chamar os turistas roubados  de “grandes bocós”. Mas como “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, quem vai querer ir contra Lavoisier agora?!
Com certeza, o filme Rio será, se já não está sendo, um filme didático, pois além de tudo isso, ele trata de um tema real no Brasil, que é a extinção da espécie da arara azul. E com certeza, se tornará uma trilogia.

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