Nas pré eliminares do lançamento do terceiro álbum da banda de new gothic metal Evanescence, que será no dia 4 de outubro deste ano, a rede mundial de televisão MTV fez uma pré estréia junto com a banda liderada pela cantora e pianista, Amy Lee, com uma apresentação ao vivo e rápida do primeiro single do álbum que será auto intitulado.
Após a apresentação da música What you want, os integrantes da banda responderam perguntas feitas por internautas e pelo público selecionado de 30 pessoas que ali estavam. Apesar de muitos fãs brasileiros – considerados pela Lee como “loucos e viciados pelo som”, terem enviado muitas perguntas, nenhuma delas foram lançadas ao ar. “O que eu posso dizer, o público brasileiro é o melhor”, disse Lee quando perguntada sobre a energia de se fazer uma turnê.
A verdade é que, apesar do single soar forte e expor claramente a melhora que a banda ganhou na bateria com a demissão de Rock Gray e a contratação de Will Hunt, a música já começou deixando a desejar para aqueles que curtem a essência musical da atmosfera sombria do Evanescence. Uma espécie mal feita de rock brasileiro lembrando o som triturado da baiana Pitty com mensagens do tipo “lembre-se de quem você realmente é” e “faça o que você quer até você achar o que procura” não foi o bastante para satisfazer quem espera há mais de cinco anos por um novo trabalho.
Falta ironia, articulação com a dor e diálogo com o obscuro. Falta a doçura da escuridão e a saudade de um tempo que não foi vivido, mas que foi desejado por tanto sofrer. O problema disso é que Amy Lee, atual líder da trupe, compõe conforme os momentos em que vive, ela não sabe expressar pensamentos poéticos, e sim, experiências de vida. Aquele som murmurante que levou a banda ao sucesso em menos de um mês de estréia com o álbum Fallen não voltará mais. E não é porque o ex líder Ben Moody deixou tudo para trás na turnê européia não, é porque a vontade de Amy em Bring me to life e o ódio que ela sentia em Going under já foram superados. A prova disso foi vista no segundo álbum, The open door, onde ela rotineiramente reclamava em suas canções amores e traições – típicos de uma jovem acima do peso. Quem não se lembra do escândalo de Call me when you’re sober, onde Amy expressa o seu desprezo pelo ex Shaun Morgan – vocalista da banda Seether que só fez sucesso com a música Broken, com trechos “deveria ter deixado você cair, perder tudo” e “você nunca me liga quando está sóbrio, você só quer porque está tudo acabado”, e a música épica Lithium, quando ela implora pelo elemento químico usado para anestesiar a dor e cita “não me deixe dormir aqui sozinha” ou “não bebeu o bastante para me dizer que me ama”. Ao contrário desses singles, a música romântica Good enough fechou o álbum de decepções mostrando que ela finalmente se sente “bem o bastante” para o seu amor e terapeuta Josh Hartzler.
O que esperar das próximas canções? “Coisas entre relação com os fãs e dificuldades enfrentadas por amigos ou até por mim mesma em algum dia da minha vida”, foi o que explicou Amy em uma entrevista no MTVNews.
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